sexta-feira, 20 de maio de 2011

Percepções de um congresso



Teatro cheio. Publico inquieto, ânimos aflorados. Calor que flerta com a ansiedade para o inicio. A garoa e o frio cortante castigam a cidade transformando a sala em um ninho aconchegante. Como homenageado Glauber Rocha. Como convidados os ilustres Werner Herzog e Pedro Juan Gutierrez. Assim se iniciou o 3º Congresso Internacional de Jornalismo Cultural no dia 17 de maio no SESC Vila Mariana com a proposta Arte para a cidadania.

Manifestações culturais simultâneas como a apresentação da banda Matrib na qual nos levava com sua música para Grécia ou Bavária. Também havia um estúdio de televisão intitulado “Estúdio Aberto” onde aconteciam entrevistas com a presença do público onde tínhamos a real experiência de presenciar os bastidores de um programa televisivo.

Entre uma apresentação e outra, chega o intervalo para almoço. Tempo necessário já que nem todos se alimentam do saber. No páteo homens movimentam-se levemente como plumas ao vento gélido. Fragmento do ser/corpo que se funde com a arquitetura do local. Estranhamento entre os transeuntes e os movimentos feitos no ar. Em segundos me transporto do lugar de espectador passivo a objeto de palco. Não mais espectador, mas organismo que interage. Condição de alterador e alterado no cenário que pulsa vivo, dança e fala com as mãos, pés e pescoço criando com os corpos um diálogo tátil através da visão direcionada aos corpos. Conversa entre olhos onde quem toma a voz é a pele: assim senti o grupo GRUA.

Nenhum comentário:

Postar um comentário